Presidente Lula veta PL 2.687/2022, ignorando desafios enfrentados por portadores de Diabetes Tipo 1

Ontem dia 13 de Janeiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o Projeto de Lei 2.687/2022, que reconhecia o Diabetes Tipo 1 como uma condição de deficiência. A decisão gerou indignação entre pessoas com diabetes, organizações de saúde e defensores de direitos, que viam no projeto um avanço fundamental para a inclusão e o bem-estar da comunidade diabética.

O veto foi justificado com o argumento de que o diabetes não atende à definição legal de deficiência. No entanto, a medida ignora as dificuldades reais enfrentadas por quem convive com a condição, como as barreiras no mercado de trabalho, o alto custo de tratamentos e as complicações de saúde.


"Uma contradição dolorosa"

A decisão presidencial gerou ainda mais controvérsia ao considerar que o próprio presidente tem uma bisneta diagnosticada com Diabetes Tipo 1. Para muitos, essa conexão pessoal deveria ter trazido maior empatia e compreensão sobre os desafios enfrentados por pessoas com a doença.

Como alguém que vê de perto as dificuldades de um familiar com Diabetes Tipo 1 pode desconsiderar o impacto dessa decisão? Parece que ele escolheu virar as costas para quem mais precisa", lamenta Ana Oliveira, que vive com diabetes há mais de 15 anos.

Impacto na vida de milhões
O Diabetes Tipo 1 é uma doença crônica que exige vigilância constante, com múltiplas medições diárias de glicemia, aplicação de insulina e um controle rigoroso de alimentação e exercícios. O reconhecimento da condição como deficiência teria proporcionado acesso a benefícios importantes, como isenções fiscais, prioridade em programas sociais e maior proteção contra discriminações no mercado de trabalho.

O veto é um golpe para milhões de brasileiros que lidam com os custos emocionais, físicos e financeiros do diabetes. É como se nos dissessem que nossas dificuldades não importam.

Falta de representatividade?
Especialistas e ativistas apontam que a decisão reflete a falta de sensibilidade do governo em relação às necessidades de quem vive com doenças crônicas. O veto não é apenas técnico, é político. Reconhecer o diabetes como deficiência seria reconhecer uma dívida histórica com uma população negligenciada pelo sistema público de saúde.

O que vem agora?
Diante do veto, organizações da sociedade civil já começaram a mobilizar campanhas e abaixo-assinados para pressionar o governo e o Congresso a reavaliar a questão. Para muitos, o reconhecimento do Diabetes Tipo 1 como deficiência não é um privilégio, mas um direito básico.

A história de luta das pessoas com diabetes no Brasil continua, e o desejo de um futuro mais inclusivo permanece firme.

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